sábado, 21 de janeiro de 2012

Câmara Municipal denuncia lesão de mais de R$ 500.000,00 ao Erário Estadual

Vereadores e populares visitaram a adutora do sertão
No último sábado (14), uma comissão formada pelos os vereadores: Arnaldo Bezerra, Grimaldo Gondim, Dilcineia Cristine, além de populares da comunidade rural do Salgado, visitaram a adutora do sertão no suposto trecho em que a mesma atenderia uma oferta de água na referida comunidade rural no município de Campo Grande.

Caixas d`aguas em estado de destruíção
Os vereadores não saíram nada satisfeitos com que foi visto por lá. Durante a visita observou-se: caixa d´água caída da estrutura de elevação, canos e ramais deteriorados, etc. “Constatamos a olho nu, que o trecho que era para estar fornecendo fonte de vida e bem estar a aquela população rural, virou um verdadeiro cenário de desperdício do dinheiro público”. Disseram os vereadores.

Diante da situação encontrada, questiona-se: porque as caixas já estão no chão? qual a qualidade do material utilizado?

Os investimentos do Programa de Combate à Pobreza Rural Desenvolvido no Rio Grande do Norte e das Associações Comunitárias de Campo Grande para a conclusão da adutora do sertão foram de R$ 581.857,56 (Quinhentos e oitenta e um mil oitocentos e cinquenta e sete reais e cinquenta e seis centavos). Os dados são oficiais e foi recebido pelo o vereador Vagner Souza na sede do programa em Natal, através de ofício resposta à Câmara Municipal, assinado pela a coordenadora do programa no RN, a Sr.ª Mariza Rodrigues.

O ofício contém ainda outras informações complementares que vieram em anexo, e que serão essenciais para a instauração de um processo investigativo, a ser impetrado pela a câmara municipal de Campo Grande.

A vereadora Dilcineia quer explicações dos gestores da obra
Para o trecho da comunidade rural do Salgado, foram investidos R$ 88.942,32. Sendo R$ 80.048,28 investidos pelo o Programa do Desenvolvimento Solidário – PDS e de R$ 8.894,24, referente à contrapartida repassada pela a Associação Rural daquela comunidade.

Entenda o Caso.

No ano de 2010, ano eleitoral, um grupo de militantes políticos, vendeu uma proposta de beneficiamento e abastecimento de água para mais de 2.000 habitantes nas comunidades rurais do município de Campo Grande. O pagamento? Votos e mídias para seus candidatos a sucessão ao governo do estado, deputados estaduais e federais, e ainda, uma cadeira no senado federal.

A proposta em si era muito boa. O fato é que a mesma não foi traçada como um projeto de alcance social para a nossa população. O Projeto teve caráter único e exclusivo de ação politiqueira, em pleno período de eleição.

Durante todo esse período, o alvo central desse grupo político, foi à câmara municipal, que esta, em sua totalidade, indagava e previa o desperdício do dinheiro público, uma vez que a adutora do sertão andava na contramão de seu sucesso. É bem verdade o que está sendo dito, que a obra começou com efeito contrário. Ou seja, de trás para frente.

A previsão era tanta, que hoje podemos comprovar através das fotos expostas aqui na matéria, bem como, com visitas in loco, que a lesão causada ao erário das associações comunitária e ao Programa Desenvolvimento Solidário do RN foi enorme.

Se não bastassem burlar que a obra teria que começar no rumo contrário. O mesmo grupo fez com que os cofres das associações comunitárias rurais, ficassem zerados. Isso é fato. Basta perguntar aos próprios presidentes das associações comunitárias sobre o assunto.

Bem, o prejuízo é de uma dimensão tamanha. Quem vai pagar a conta? A proposta assegurada pelo o antigo governo estadual não foi cumprida. O prefeito municipal já esteve essa semana com o secretário de recursos hídricos, Sr.º Gilberto Jales entregando o projeto técnico. A governadora disse que tem interesse na resolução do equivocado projeto iniciado.

Quem vai reembolsar os beneficiários dessas comunidades pobres do meio rural, constituídas de pequenos produtores rurais: assalariados, parceiros, arrendatários, posseiros, assentados, artesãos e outros grupos organizados comunitariamente?

A câmara municipal através de seus representantes legais está cumprindo o juramento de "desempenhar com lealdade o mandato que foi confiado e o de trabalhar pelo o progresso do município e bem-estar do seu povo. E ainda, cumprindo o seu maior papel, que é o de agente fiscalizador. 

É bom lembrar que as eleições municipais estão chegando. E com ela, chegam também às novas propostas político-eleitoreira. Neste ano de 2012, os ventos que sopram para política local, avisam que teremos debates com os níveis mais baixos dos últimos 20 anos. Resta agora saber, quem é que tem a credibilidade e a cara para prometer algo nessas comunidades. Vale a pena conferir.