quarta-feira, 18 de maio de 2011

Boêmia desfalcada

É com carinho e admiração pelo “comparsa, amigo e – por que não? – tiozão” que venho tracejar algumas linhas sobre José Maria de Oliveira.

Símbolo da boemia campo-grandense, José Maria de Oliveira, mais conhecido como Zé Maria Mocó, desfalcou as noites boêmicas de Campo Grande, no penúltimo domingo (08/05), vítima de uma trombose facial.

Famoso por interpretar “Boate Azul” ou “Doente de Amor” como a música é mais conhecida, Zé Maria cantava e encantava com a sua performance de “palco”, pois, quando cantava ele dava um verdadeiro show.

De fato ele vive a música como parte integrante de sua vida. A sua inspiração contagia a todos que o assiste. Não é à toa, e isso é fato, que muitos jovens de 18 a 25 anos os admiram.

Homem puro, de gestos simples, e com uma grandeza espiritual invejável. Zé Maria transformava os nossos encontros musicais, em várias horas de lazer e bem estar entre os amigos. Famoso em Natal, no bar de Gilberto em Mirassol, sob a companhia e regência de Biro-biro, grande músico de nossa terra. Os amantes da boa música que o assistiu, pedem o seu retorno. Zé Maria até hoje é lembrado por quem passa por lá.

Em campo grande, acompanhado por várias vezes por mim e por João de Paraú, fazíamos um show à parte. Lourdinha Cabral, Marizinha, Beta sua irmã, Jailson Almeida, Zequinha... São tantos os seus fãs que não dá para dizer todos. Mas, podemos dizer “que estamos todos sentindo a sua falta”.

Estamos todos na torcida para o seu retorno às noites campo-grandenses. O seu violão nos espera.

“Ele sempre foi e será um dos mais puros Boêmios de Campo Grande. Tá fazendo uma falta danada nas rodas de violão no bar de Dedé Moura, em sua casa e em nosso cotidiano”.

Vagner Souza